Senna, Miagui e a reconstrução dos efeitos visuais no Brasil: Uma nova era?
Era uma vez o cinema brasileiro. Ou melhor, a relação do público com os efeitos visuais por aqui. Um conto turbulento, recheado de quedas espetaculares, explosões que pareciam saídas de um videogame da década de 90 e criaturas digitais que nem tentavam parecer reais. Era um drama, às vezes uma comédia involuntária que formou a memória coletiva de um país acostumado a esperar pouco desse departamento nas produções nacionais. Mas agora, em 2024, um lampejo de esperança acende no túnel da computação gráfica: o estúdio Miagui e sua estreia em alto estilo com a minissérie Senna , da Netflix. Porto Alegre, um pouco distante do burburinho dos grandes centros do audiovisual, tornou-se o palco dessa transformação. O Miagui, um estúdio de produção criativa com uma trajetória de 15 anos no mercado publicitário, resolveu se aventurar no território das grandes narrativas. Não foi qualquer desafio: reconstruíram, em CGI, o lendário GP de Mônaco, incluindo as icônicas corridas de Ayrton Senna em 198...