"O Bebê de Rosemary": Um clássico do terror que continua a assustar

"O Bebê de Rosemary" (1968), dirigido por Roman Polanski, foi o terceiro filme da saga de terror que estou assistindo até o dia 31 de outubro. E foi uma experiência marcante. A trama segue um casal que se muda para um prédio habitado por pessoas estranhas. À medida que a jovem esposa grávida começa a notar acontecimentos cada vez mais bizarros, ela começa a duvidar de sua própria sanidade.

Ao contrário do "Último Portal", filme que assisti recentemente e teci críticas negativas, Polanski mostrou sua maestria em dirigir uma história repleta de elementos fortes. A crescente loucura e transformação da personagem principal é sentida intensamente, mantendo o espectador em suspense até o clímax.

Mas é impossível não destacar a atuação excepcional de Ruth Gordon como a vizinha Minnie Castevet. Sua interpretação é absolutamente 'rouba-cena', trazendo uma mistura perfeita de simpatia e sinistralidade ao personagem. Sua presença é fundamental para o sucesso da trama e sua atuação merece todos os elogios.

Além disso, "O Bebê de Rosemary" não apenas nos assusta com sua trama sombria, mas também nos transporta para uma época fascinante - o final dos anos 60. A estética vanguarda da época é evidente em cada detalhe, desde o figurino ousado e os cabelos estilo "beatnik" até a decoração dos apartamentos, que mistura modernidade com um toque de boêmia. No entanto, por trás dessa fachada de liberdade e rebeldia, o filme também expõe as atitudes machistas e pensamentos retrógrados da época.


O tratamento dado à protagonista, Rosemary, é um exemplo gritante disso, com os homens ao seu redor questionando sua sanidade e desconsiderando suas preocupações. É um lembrete cruel de que, mesmo na era do "amor livre" e da revolução cultural, as mulheres ainda lutavam por autonomia e respeito. 

Revisitar essa época é um exercício fascinante, que nos permite apreciar o charme da década de 60 enquanto também reconhecemos os progressos feitos desde então. O filme é um tempo capsule perfeito, capturando a essência de uma era em transição.

Confesso que não lembrava muito da história e fiquei horrorizado com diversas cenas aterrorizantes. "O Bebê de Rosemary" é um clássico do terror que vale a pena assistir.

Nota: 5/5 estrelas.

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