GLOW - A Luta pelo Empoderamento Feminino
A série que estreou nesse fim de semana conta a história de mulheres de diversos estilos que são selecionadas para encenarem a tradicional luta livre americana na TV. E o que sobressai também é a mensagem do empoderamento da mulher que luta diariamente contra os obstáculos da vida.
GLOW poderia ser mais uma série estereotipada e sem conteúdo, entretanto, a série ganha corpo e ritmo e consegue fazer o público assistir a temporada em um dia (o meu caso pra ser mais exato).
Encontramos Ruth Wilder, interpretada por Alison Brie, uma atriz que busca uma oportunidade de trabalho, recebe o convite para uma audição junto com 12 mulheres em uma promoção de luta profissional nova chamada Gorgeous Ladies of Wrestling (GLOW). A protagonista sofre por não ter dinheiro, não conseguir emprego descente e fama, vê nessa proposta uma válvula de escape. Ela é o tipo de personagem que tende a rejeição, por parecer artificial em alguns momentos e sem propósito em outros, mas vai conquistando carisma no decorrer dos episódios.
Ruth, não é heroína, muito menos ingênua, ela erra, trai a melhor amiga e toma decisões difíceis na vida, também tem o coração generoso, é forte e consegue passar por esses problemas da vida.
Sam Sylvia (Marc Maron) e as atrizes no fundo. |
O que nos faz refletir que, embora esse comportamento tenha sido muito forte nas décadas passadas, ainda é muito vivo e presente no nosso dia-a-dia.
A série também aborda outros assuntos polêmicos como racismo, aborto e aceitação do corpo. O ponto negativo da série é que não há uma abordagem mais profunda nas personagens, o que deixa o clima superficial, em alguns pontos, porém não tira o brilho da série que, ao meu ver, é uma grande homenagem aos anos 80, da trilha sonora ao figurino e cenário. Vale a pena maratonar.
A primeira temporada de GLOW tem 10 episódios com cerca de 35 minutos cada e está disponível no Netflix.
Veja o trailer:
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