GLOW - A Luta pelo Empoderamento Feminino

A série que estreou nesse fim de semana conta a história de mulheres de diversos estilos que são selecionadas para encenarem a tradicional luta livre americana na TV. E o que sobressai também é a mensagem do empoderamento da mulher que luta diariamente contra os obstáculos da vida.

GLOW poderia ser mais uma série estereotipada e sem conteúdo, entretanto, a série ganha corpo e ritmo e consegue fazer o público assistir a temporada em um dia (o meu caso pra ser mais exato).

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Adaptando o formato de séries compactas, fáceis de consumir e com uma narrativa leve, Glow mostra o universo do wrestling, aquele tipo de luta fake, coreografada e dramática, que fez muito sucesso na televisão, nos anos 1980.

Encontramos Ruth Wilder, interpretada por Alison Brie, uma atriz que busca uma oportunidade de trabalho, recebe o convite para uma audição junto com 12 mulheres em uma promoção de luta profissional nova chamada Gorgeous Ladies of Wrestling (GLOW). A protagonista sofre por não ter dinheiro, não conseguir emprego descente e fama, vê nessa proposta uma válvula de escape. Ela é o tipo de personagem que tende a rejeição, por parecer artificial em alguns momentos e sem propósito em outros, mas vai conquistando carisma no decorrer dos episódios.

Ruth, não é heroína, muito menos ingênua, ela erra, trai a melhor amiga e toma decisões difíceis na vida, também tem o coração generoso, é forte e consegue passar por esses problemas da vida.

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Sam Sylvia (Marc Maron) e as atrizes no fundo.
O ringue é uma analogia as adversidades da vida dessas mulheres e a libertação do poder feminino. Uma vez que esse ambiente era liderado somente por homens. Por falar nisso, o roteiro é cheio de mensagens machistas e preconceituosas, mascarados pelo humor, uma hora emitido pelo diretor do show, Sam Sylva, interpretado por Marc Maron, como outros personagens secundários.

O que nos faz refletir que, embora esse comportamento tenha sido muito forte nas décadas passadas, ainda é muito vivo e presente no nosso dia-a-dia.

A série também aborda outros assuntos polêmicos como racismo, aborto e aceitação do corpo. O ponto negativo da série é que não há uma abordagem mais profunda nas personagens, o que deixa o clima superficial, em alguns pontos, porém não tira o brilho da série que, ao meu ver, é uma grande homenagem aos anos 80, da trilha sonora ao figurino e cenário. Vale a pena maratonar.

A primeira temporada de GLOW tem 10 episódios com cerca de 35 minutos cada e está disponível no Netflix.

Veja o trailer:

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