Crítica: Silence (2017)

Fé ou Necessidade? Domingo de Páscoa assisti ao recente filme de Martin Scorsese e me assustei com a qualidade da obra e, por esta, passar batida no Oscar.


Silêncio (2017) narra o trajeto de dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver), que viajam até o Japão para investigar o paradeiro de outro padre, Ferreira (Liam Neeson), numa época em que regime local queria impor o Budismo como religião oficial e banir, principalmente, o catolicismo. Perseguindo, torturando e matando cruelmente quem o seguisse.

A discussão densa sobre espiritualidade e religiosidade é corretamente costurada ao longo do filme, sem agredir ninguém. E mostra como a fé pode se misturar silenciosamente com poder e desespero.

Silêncio é muito bem montado, tem uma bela estética, resultado do impecável trabalho do diretor de fotografia Rodrigo Prieto, parceria antiga de Scorsese. As cores vivas conversam e expressam suavemente com as fortes e angustiantes cenas.

Os planos detalhes e enquadramentos de tirar o fôlego contrastam com diálogos extensos e movimentos lentos que podem, em alguns momentos, tirar a atenção e o interesse do espectador. Porém, destaca-se o trabalho de Andrew Garfield que carrega nas costas a missão de nos transportar a um ambiente tão intolerante e nos faz refletir se realmente mudou algo nos dias de hoje. Pode-se dizer que foi uma das melhores obras de Martins Scorsese.

Recomendo (se tiver disposto a ficar 2h39min em frente a TV).

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