Tradição cultural de São Caetano de Odivelas ganha documentário

Nos fundos da casa da família Zeferino, em São Caetano de Odivelas, nordeste do Pará, um boi ‘descansa’ depois de um mês inteiro de atividades. Há mais de sete décadas pelo menos, é um ritual que se repete. O boi em questão é o ‘Boi Tinga’, uma das maiores tradições culturais de um município que ainda costuma acordar de madrugada ao som de uma banda de música que percorre as principais ruas da cidade.


Patrimonio cultural do município de São Caetano de Odivelas, distante 120km da capital paraense, o Boi de Máscara é uma espécie de carnaval fora de época. Acontece em julho e reune multidões de brincantes.

Hoje é um momento especial para quem fomenta a cultura nesse município. É que acontece em Belém o lançamento do documentário “Boi de Máscaras”, dirigido pela jornalista Ângela Gomes, no Instituto de Artes do Pará – IAP, às 19h. E no dia 21 de julho na praça principal de São Caetano de Odivelas, O documentário resgata esse momento histórico da cidade com depoimentos de descendentes dos fundadores da tradição do Boi de Mascaras, documentário reproduz, a partir da oralidade dos que fazem a festa em São Caetano de Odivelas, tudo o que cerca a principal manifestação cultural do município.


Com 52 minutos de duração, “Boi de Máscaras”, também é uma homenagem particular. A ideia surgiu em 2010, quando um grupo de amigos unidos por um programa de oficinas de audiovisual no Instituto de Artes do Pará, resolveu formar um “coletivo de cinema” para colocar em prática ideias e projetos. Angela lembrou tempos passados. A manifestação em São Caetano acabou sendo escolhida como foco. Em três finais de semana o grupo foi ao município. O resultado foram 20 horas de gravação.


SAIBA MAIS - O conhecimento que se tem sobre a origem da manifestação do ‘boi’ em São Caetano é o surgimento do Boi Tinga, na década de 1930 como uma brincadeira de pescadores da cidade que estavam na região do Marajó, e tiveram a ideia de “botar” um boi como brincadeira nos dias santos da quadra junina, que eram os dias em que não se trabalhava, os dias dedicados ao descanso e ao lazer ou à veneração aos santos do dia. Um dos pescadores era Laudelino Zeferino, que trouxe do Marajó uma cabeça de boi que compôs o primeiro cortejo. Como relíquia, os chifres ainda são preservados pela família de Laudelino no Boi Tinga.

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