Canção do exílio... Só para Belém




Mercado do Ver-o-Peso, Belém-Pa


















Minha terra tem pupunha,
Peixe frito e Tacacá;
As aves brancas são garças,
As pretas, deixa pra lá...

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas terras também tem,
Tem Joelma, tem Chimbinha e até Fafá de Belém.

Nossas vistas são primores a lhes convidar
Em  cismar, sozinho, à noite, cuidado com a lenda que vai te pegar ...
Tem Boto e Matinta Pereira, prestes a assobiar.
Minha terra tem batuques,
Carimbó e Siriá.

Meu povo tem uma fé tão grande, que é pra se admirar,

Uma feira a céu aberto que é pra chuva das duas, molhar 
Tem tantas iguarias que não se vê em outro lugar; 
Em cismar –sozinho, à noite– Vai na Estação das Docas, passear
Tem sorvete de açaí que é pra se deliciar,
Minha terra é tão bonita pra turista visitar.

Não permita Deus que morram,
As maravilhas que encontram por cá;
Que não morram as mangueiras
E poluam o rio Guamá; 
Sem qu'inda cheguem os anos que ela vai comemorar,

Minha terra está de berço, que tal parabenizar?
O nome dela é pequenino, e bem fácil de falar...
Santa Maria de Belém do Grão Pará.    
                                                                         

                                                                                       Ramayana Torres

Obs.: Intertextualidade com base no poema de Gonçalves Dias, num toque de mãos paraenses.


Comentários

Calma disse…
Ficou bastante legal, eu gostei!

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