Bate-papo com o coordenador da CaianaFilmes
Por Luiza Pedrada
@luhmadders
Essa semana a colunista do Terças musicais, Luiza, foi entrevistar o coordenador da produtora CaianaFilmes, João Inácio. A produtora é a única em Belém a oferecer cursos de estudo de cinema para vários tipos de pessoa, desde aquelas que pensam em produzir, até aquelas que simpatizam com filmes e, como ele mesmo disse, não só assistem a "Sessão da Tarde". Segue entrevista.
Luiza: Como surgiu a ideia de criar um local para se estudar cinema?
João Inácio: Não existia em Belém um lugar para que você tivesse um ponto de referência sobre cinema. A idéia é que nós não só tenhamos cursos que ensinam a linguagem cinematográfica, mas ter outros cursos também pras pessoas que querem "colocar a mão na massa", e também ainda temos o curso de formação de cinema para educadores, como recurso pedagógico. Nós somos uma produtora mas a idéia é não se limitar só a produção de filmes mas para as pessoas que gostam de cinema, que gostam de assistir e por isso fazemos todo começo de mês um encontro gratuito aqui, onde ex alunos e pessoas em geral vem para assistirmos filmes, trocarem idéias e comentarem sobre seus filmes favoritos.
Luh: E o DocTv? Me fale um pouco sobre ele.
J.I: O DocTv foi um dos primeiros grandes projetos que nós pegamos, que era um documentário pra Tv Cultura de São Paulo, sobre a questão do trabalho escravo no Pará, que já foi finalizado e entregue e é exibido em festivais. Foi um grande projeto que realizamos, assim como os curtas (Eleanor e Shala), o filme do Waldemar Henrique, a mini série (Vida de Cão) e agora estamos com um projeto de realizar filmes com baixo orçamento como resultado das oficinas de realização. Os próprios alunos estão se interessando e escrevendo roteiros, entrando com idéias, inclusive na segunda feira acabamos de gravar um, que não tem título ainda mas o provisório é "Old City" que é uma brincadeira com a história do Sherlock Holmes e da Beatrix. Ficou uma produção muito bacana, com 3 atrizes profissionais mas o ator era da propria produção.
Luh: Como foi produzir os curtas "Eleonor" e "Shala"?
J.I: Eles não foram totalmente finalizados por falta de recursos e tomadas, então entraram em processo de captação novamente porque é películo, ou seja, é no formato internacional profissional. Ele nao é filme pra televisão. O "Camisa de Onze Varas", inclusive, foi a primeira série onde houve uma exigência internacional e foi bem diferente porque precisa de um equipamento mais sofisticado, de toda uma formatação nova. E os curtas foram filmadas em digital e é mais mais dispendioso finalizar do que a propria gravação.
Luh: Qual é a história do curta "A Canção de Waldemar Henrique" de Walério Duarte?
J.I: Se trata de uma história fantástica, pois é uma caracteristica forte do norte, nós gostamos de mentir pra caramba né?! (risos) A canção perdida partiu de um personagem ficticio, o pesquisador, que interage com a realidade dos entrevistados, onde as pessoas nao entendem que ele é só um personagem. A idéia é que existe uma lenda que ele fez a "12° canção". O Waldemar fez uma série de músicas sobre lendas amazônicas, e há uma canção que ele nunca registrou e nunca tocou, e só sabe-se que ele a escreveu e no filme o Walerio dá uma ideia do porque a música nao foi tocada, que o Waldemar não conseguiu em vida, executar a última música sobre as lendas e dizem que a última canção era a mais bonita.
Luh: A Noite de estudos de cinema é uam grande iniciativa de discutir gêneros, conceitos e personagens.Como vem sendo?
J.I: É uma noite aberta, gratuita, funciona todo inicio de mês. É um encontro dos alunos, ex alunos e é aberta ao publico porque tem pessoas que nao tem condições de pagar 100 reais no curso, e nossa produtora não tem patrocionio mas a nossa ideia é que consigamos baratear e facilitar o acesso das pessoas e incentiva-las a fazer parte do grupo de discussão. E o mais legal é que aqui não é bem um espaço, é uma casa! Nós queremos que as pessoas se sintam em casa mesmo, assistindo filme, trazendo pipoca, trocando filmes e opiniões sobre seus filmes favoritos e fazer as pessoas que simpatizam com cinema conhecer outras parecidas com elas. Então é mais ou menos uma noite de amigos que se encontram pra falar de cinema.
A CaianaFilmes foi a responsável pela produção do Doctv "Camisa de onze varas", da mini série "Vida de cão", dos curtas "Elanor" e "Shala" que ainda estão em finalização. Ganhou, também, o edital da Petrobrás com o curta "A Canção Perdida de Waldemar Henrique".
A entrevista foi feita na própria CaianaFilmes na última quarta feira (11) pela colunista e capturada pela Fotógrafa Larissa Gomes.
Luiza Pedrada é a nova colunista do Criatividade em Falta. Está cursando o 3° semestre de jornalismo, é viciada em café, gosta de traduzir textos e sua maior paixão é a fotografia. Será a responsável pelas matérias musicais do CemF todas as terças-feira.
@luhmadders
Essa semana a colunista do Terças musicais, Luiza, foi entrevistar o coordenador da produtora CaianaFilmes, João Inácio. A produtora é a única em Belém a oferecer cursos de estudo de cinema para vários tipos de pessoa, desde aquelas que pensam em produzir, até aquelas que simpatizam com filmes e, como ele mesmo disse, não só assistem a "Sessão da Tarde". Segue entrevista.Luiza: Como surgiu a ideia de criar um local para se estudar cinema?
João Inácio: Não existia em Belém um lugar para que você tivesse um ponto de referência sobre cinema. A idéia é que nós não só tenhamos cursos que ensinam a linguagem cinematográfica, mas ter outros cursos também pras pessoas que querem "colocar a mão na massa", e também ainda temos o curso de formação de cinema para educadores, como recurso pedagógico. Nós somos uma produtora mas a idéia é não se limitar só a produção de filmes mas para as pessoas que gostam de cinema, que gostam de assistir e por isso fazemos todo começo de mês um encontro gratuito aqui, onde ex alunos e pessoas em geral vem para assistirmos filmes, trocarem idéias e comentarem sobre seus filmes favoritos.
Luh: E o DocTv? Me fale um pouco sobre ele.
J.I: O DocTv foi um dos primeiros grandes projetos que nós pegamos, que era um documentário pra Tv Cultura de São Paulo, sobre a questão do trabalho escravo no Pará, que já foi finalizado e entregue e é exibido em festivais. Foi um grande projeto que realizamos, assim como os curtas (Eleanor e Shala), o filme do Waldemar Henrique, a mini série (Vida de Cão) e agora estamos com um projeto de realizar filmes com baixo orçamento como resultado das oficinas de realização. Os próprios alunos estão se interessando e escrevendo roteiros, entrando com idéias, inclusive na segunda feira acabamos de gravar um, que não tem título ainda mas o provisório é "Old City" que é uma brincadeira com a história do Sherlock Holmes e da Beatrix. Ficou uma produção muito bacana, com 3 atrizes profissionais mas o ator era da propria produção.
Luh: Como foi produzir os curtas "Eleonor" e "Shala"?
J.I: Eles não foram totalmente finalizados por falta de recursos e tomadas, então entraram em processo de captação novamente porque é películo, ou seja, é no formato internacional profissional. Ele nao é filme pra televisão. O "Camisa de Onze Varas", inclusive, foi a primeira série onde houve uma exigência internacional e foi bem diferente porque precisa de um equipamento mais sofisticado, de toda uma formatação nova. E os curtas foram filmadas em digital e é mais mais dispendioso finalizar do que a propria gravação.
Luh: Qual é a história do curta "A Canção de Waldemar Henrique" de Walério Duarte?
J.I: Se trata de uma história fantástica, pois é uma caracteristica forte do norte, nós gostamos de mentir pra caramba né?! (risos) A canção perdida partiu de um personagem ficticio, o pesquisador, que interage com a realidade dos entrevistados, onde as pessoas nao entendem que ele é só um personagem. A idéia é que existe uma lenda que ele fez a "12° canção". O Waldemar fez uma série de músicas sobre lendas amazônicas, e há uma canção que ele nunca registrou e nunca tocou, e só sabe-se que ele a escreveu e no filme o Walerio dá uma ideia do porque a música nao foi tocada, que o Waldemar não conseguiu em vida, executar a última música sobre as lendas e dizem que a última canção era a mais bonita.
Luh: A Noite de estudos de cinema é uam grande iniciativa de discutir gêneros, conceitos e personagens.Como vem sendo?
J.I: É uma noite aberta, gratuita, funciona todo inicio de mês. É um encontro dos alunos, ex alunos e é aberta ao publico porque tem pessoas que nao tem condições de pagar 100 reais no curso, e nossa produtora não tem patrocionio mas a nossa ideia é que consigamos baratear e facilitar o acesso das pessoas e incentiva-las a fazer parte do grupo de discussão. E o mais legal é que aqui não é bem um espaço, é uma casa! Nós queremos que as pessoas se sintam em casa mesmo, assistindo filme, trazendo pipoca, trocando filmes e opiniões sobre seus filmes favoritos e fazer as pessoas que simpatizam com cinema conhecer outras parecidas com elas. Então é mais ou menos uma noite de amigos que se encontram pra falar de cinema.
A CaianaFilmes foi a responsável pela produção do Doctv "Camisa de onze varas", da mini série "Vida de cão", dos curtas "Elanor" e "Shala" que ainda estão em finalização. Ganhou, também, o edital da Petrobrás com o curta "A Canção Perdida de Waldemar Henrique".A entrevista foi feita na própria CaianaFilmes na última quarta feira (11) pela colunista e capturada pela Fotógrafa Larissa Gomes.
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Luiza Pedrada é a nova colunista do Criatividade em Falta. Está cursando o 3° semestre de jornalismo, é viciada em café, gosta de traduzir textos e sua maior paixão é a fotografia. Será a responsável pelas matérias musicais do CemF todas as terças-feira.
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