Você sabia? O mistério do desaparecimento da tumba de Alexandre, o Grande


Imagine a cena: um pôr do sol dourado sobre as areias infinitas do Egito. Em meio às ruas movimentadas de Alexandria, caravanas de comerciantes, filósofos e soldados se misturam sob o aroma forte de especiarias e maresia. Ali, em algum lugar entre becos, palácios e bibliotecas, repousava o maior tesouro da Antiguidade — o corpo de Alexandre, o Grande, o rei que sonhou em unificar o mundo. Uma tumba majestosa, visitada por imperadores, adornada por ouro e mistério… e que, com o passar dos séculos, simplesmente sumiu como um truque de mágica mal explicado.

Se você acha que perder um documento importante é um drama, pense que, nesse caso, o mundo perdeu uma das relíquias históricas mais preciosas já registradas — e ninguém, até hoje, conseguiu achar.

Depois de sua morte precoce em 323 a.C., Alexandre foi embalsamado (como um faraó) e teve seu corpo planejado para repousar na Macedônia. Só que, no meio do caminho, seu fiel general Ptolomeu pensou: “Sabe de uma coisa? Acho que é melhor ele ficar aqui comigo.” Resultado: desviou o cortejo fúnebre e levou o corpo para o Egito, instalando-o numa tumba gloriosa em Alexandria — a cidade que o próprio Alexandre havia fundado e batizado com seu nome (modéstia nunca foi o forte dele).

Durante séculos, essa tumba foi uma espécie de parada obrigatória para quem queria mostrar poder e prestígio. Júlio César, Calígula, Caracala… todos fizeram aquela visitinha VIP. Só que depois veio o que sempre vem: tempo, guerras, terremotos, crises econômicas, falta de verba para o setor de conservação — enfim, o caos habitual. A localização da tumba foi sendo esquecida, os relatos se tornaram confusos, e hoje nem Indiana Jones teria certeza de onde começar a cavar.


Aliás, vez ou outra surgem notícias que dão uma animada nos caçadores de tumbas de plantão. Em 2014, arqueólogos gregos encontraram um túmulo monumental em Anfípolis, na Grécia, datado da época de Alexandre. A construção impressionante, com leões de pedra e passagens grandiosas, levantou suspeitas de que poderia estar ligada a ele ou a pessoas muito próximas — como sua mãe, Olímpia, ou algum dos seus generais. Apesar das especulações, até agora ninguém bateu o martelo. Parece que Alexandre gosta mesmo de manter o mistério.

O fato é que ninguém nunca mais viu o corpo de Alexandre, o Grande. E isso faz dele, até hoje, não só um dos maiores conquistadores da história, mas também um dos maiores “sumidos” de todos os tempos.


Quem foi Alexandre, o Grande?

Alexandre III da Macedônia, mais conhecido como Alexandre, o Grande, nasceu em 356 a.C., em Pela, capital da Macedônia (hoje parte da Grécia). Filho do rei Filipe II e da rainha Olímpia, ele cresceu em meio ao luxo e ao treinamento militar. Nada de infância tranquila: aos 13 anos, Alexandre já tinha como tutor o filósofo Aristóteles — sim, aquele mesmo dos livros de filosofia — e aprendeu desde cedo a misturar pensamento estratégico com ambição desmedida.


Aos 20 anos, depois do assassinato de seu pai, Alexandre herdou o trono e imediatamente começou sua campanha para conquistar o mundo conhecido. E não estamos falando de uma voltinha pelo bairro: em pouco mais de uma década, ele dominou a Grécia, derrotou o poderoso Império Persa, chegou até o Egito (onde foi declarado faraó) e avançou até as fronteiras da Índia. Seu sonho era unificar Oriente e Ocidente sob um mesmo império — algo nunca visto antes.

Além de grande conquistador, Alexandre também foi um estrategista brilhante, um incentivador da cultura helenística (mistura de culturas grega, egípcia, persa e indiana) e um verdadeiro ícone militar. Dizem que ele jamais perdeu uma batalha.

Mas sua vida foi tão intensa quanto curta: Alexandre morreu com apenas 32 anos, em circunstâncias até hoje debatidas — febre, envenenamento, excesso de vinho? Mistério. Como quase tudo que envolve o seu nome.

O que é certo é que seu legado atravessou os séculos, moldando impérios, línguas, artes e fronteiras. E, claro, deixando para a posteridade um dos maiores mistérios arqueológicos de todos os tempos: afinal, onde está a tumba de Alexandre, o Grande?

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