iFood quer lançar Banco Digital em breve: Facilitar a vida ou abraçar o mundo com as mãos?

Imagine só, você abre o aplicativo do iFood para pedir aquela pizza margherita no sábado à noite, e, de repente, se depara com a notícia de que agora eles têm um banco digital. Oi? Banco digital? Do iFood? Sim, o mesmo iFood que já te salvou em várias ocasiões com aquele hambúrguer às 11 da noite, agora quer administrar sua conta bancária. Bem-vindo ao iFood Pago!

E a proposta é tentadora: uma solução financeira completa para restaurantes, com crédito, pagamentos e até maquininhas próprias. Se a ideia é abraçar o mundo com as mãos, parece que o iFood está tentando dar um aperto de mão em cada canto do universo. Mas, será que é por aí mesmo que devemos ir? 

Pense comigo: eles já dominam 80% do mercado de delivery no Brasil. E agora querem adicionar serviços financeiros ao cardápio, começando com 140 mil contas digitais ativas e R$ 1,5 bilhão em crédito concedido. Parece que a palavra "moderação" não faz parte do vocabulário da turma da Movile, a holding por trás do iFood e da Zoop, a startup financeira que torna tudo isso possível.

Será que eles não estão mordendo mais do que podem mastigar? Afinal, criar um banco digital não é bem como montar uma pizza marguerita: tem muito mais ingredientes complicados nessa receita. Mas a expectativa é ambiciosa: 50 mil maquininhas até 2025 e R$ 1 bilhão em receita. E eles estão de olho não só nos restaurantes, mas também em supermercados, farmácias e petshops. Quem sabe até, um dia, se tornar um banco comercial completo.

Não seria maravilhoso pagar sua ração de cachorro, comprar aquele remédio pra dor de cabeça e ainda aproveitar uma promoção de sushi, tudo com o banco do iFood? O céu é o limite, pelo visto. Ou seria a imaginação dos executivos?

O que nos leva à reflexão: estamos prontos para essa onipresença das empresas em nossas vidas? O iFood já sabe o que comemos, a que horas e quantas vezes por semana.

Agora, saberá também onde gastamos nosso dinheiro.

Será que, em um futuro não tão distante, seremos clientes bancários das mesmas empresas que entregam nossas refeições e vendem nossos remédios?

É, meus caros, a realidade está ficando cada vez mais parecida com aquelas distopias tecnológicas dos filmes. Só falta o iFood começar a sugerir investimentos baseados nas nossas preferências gastronômicas. "Investir em pizza é sempre um bom negócio!"

No final das contas, talvez a grande questão não seja se o iFood pode ou deve se tornar um banco, mas até onde essas novas empresas podem ir antes que a gente perceba que elas não só abraçaram o mundo com as mãos, mas também deram aquele apertãozinho desconfortável. Afinal, às vezes, menos é mais. Ou pelo menos, deveria ser.

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