Samba, Bossa e muita irreverência na animação RIO



A expectativa para ver o filme de animação dirigido por um brasileiro é a das melhores. Principalmente quande se fala de Carlos Saldanha, que também dirigiu a trilogia da Era do Gelo. Rio é uma grande homenagem ao povo brasileiro. Além de mostrar as belezas dessa cidade maravilhosa e a cultura do nosso povo, o filme prende a atenção do começo ao fim - seja pelo ritmo contagiante do samba ou do desenrolar da trama.





A impressão logo no começo do filme é a semelhança com a música do filme criado por Walt Disney há quase 70 anos atrás, Alô Amigos, no qual Zé Carioca mostra para o Pato Donald os locais do Rio de Janeiro, ao som de "Aquarela do Brasil". A comparação acontece graças ao som de Sérgio Mendes, Carlinhos Brown e Will.i.am, que dá vida aos personagens e emociona a cada cena do calçadão de Copacabana ou da visão do pão-de-açucar.



FILME


O protagonista é Blu (voz original de Jesse Eisenberg), uma ararinha azul macho capturada no Rio de Janeiro que vai direto do seu ninho para o frio de Minnesota, onde é adotada por Linda (Leslie Mann). A vida dos dois é autocentrada, com um tomando conta do outro para tudo, sem deixar espaços para a moça se envolver com outro ser humano, nem para a pequena ave sequer aprender a voar.


Até a chegada de Tulio (Rodrigo Santoro), um estudioso amante das aves que viajou até os Estados Unidos atrás da última ararinha azul macho que se tem conhecimento. Sua missão é levar a ave de volta para o Brasil, para se acasalar com a fêmea Jade (Anne Hathaway) e assim perpetuar a espécie.



O plano parece simples, mas uma história de aves raras (e caras) em um país corrupto como o nosso não pode acabar assim fácil, e em pouco tempo as duas últimas ararinhas azuis estão presas em uma gaiola numa favela, esperando o momento de serem contrabandeadas. Mais aventuresco e dramático do que cômico, o enredo vai mostrando como Blu e Jade escapam das garras dos bandidos, se livram das algemas que as mantêm juntas, fazem amizades com animais locais e visitam os cartões postais do Rio de Janeiro, do Cristo Redentor à Copacabana.



Existe também a história do amadurecimento de Blu, a redenção do menino que levou as aves até os contrabandistas e a aventura de Linda e Tulio pela favela e pelo Sambódromo, tudo feito de maneira bem divertida e leve, mas, infelizmente, leviana. Como Marcelo Forlani em sua crítica sobre o filme diz que em se tratando de um filme para a família e feito no Brasil, tudo logicamente acaba em samba, mas o desenrolar todo serve para alimentar ainda mais todos os estereótipos que os estrangeiros têm do nosso país. Esse estereótipo infelizmente é marcado, pois a trama se passa em pleno carnaval, onde tudo é festa, creio que não tem como fugir disso.



Uma cena que mostra isso é a fuga de Blue e Jade do cativeiro localizado na favela na hora do jogo BrasilxAgentina em que TODOS param para assistir o clássico. Fato que ajuda na fuga deles...



‘Rio’ é, acima de tudo, um espetáculo visual. Cartões postais como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Vista Chinesa, os arcos da Lapa, o bondinho de Santa Teresa e, claro, as praias da Zona Sul estão lá, transformando o filme num grande passeio turístico pela cidade – e, não por acaso, a produção norte-americana é quase tratada como “produto nacional” pelas autoridades locais.

TRAILER

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