O Monstro de Shelley

Depois de enrolar três meses para ler um livro de bolso, terminei de ler Frankenstein de Mary Shelley, e digo que foi um dos melhores livros que já li. Logo quando comprei fiquei curioso para saber como era a verdadeira história de Frankenstein, que para mim, esse era o nome do monstro. Então ao ler as primeiras páginas deparei-me o quão é diferente e bom de ler.

Victor Frankenstein é um rapaz que, logo a morte de sua mãe, decide ir para a universidade de Ingolstadt, estudar as Ciências Naturais. E descobre na Química a sua verdadeira paixão.

Dedicando-se a química, descobre a fisiologia e a vontade de criar um ser é o seu grande objetivo. Então constrói, com partes de cadáveres, um ser gigantesco e lhe dá vida. Quando a criatura abre os olhos amarelados e respira, Victor vê o monstro que criou e lhe causa repulsa. Cai em um sono com muitos pesadelos. Desde aí sua vida não é mais a mesma. Quando acorda, ainda depara com o ser horrível, e Frankenstein sai desesperadamente pelas ruas chuvosas e encontra seu melhor amigo, Clerval.

Há uma dúvida constante na mente do leitor sobre quem é o verdadeiro vilão da história. Seria o monstro, que apenas parte para o caminho do crime após diversas tentativas frustradas de praticar e receber o bem? Ou seria o dr. Frankenstein, que tomado pela soberba não pensou nas conseqüências de seus atos? Há essa constante dualidade na história, com passagens memoráveis que refletem de maneira impecável o estado de espírito dos personagens.



  • UM POUCO DA AUTORA:

Mary Wollstonecraft Shelley (1797- 1851), filha de um casal de revolucionários, à nascença a mãe, Mary, morre, o que deixou para sempre marcas em Mary(filha).
Educada num circulo de revolucionários e românticos , teve sem dúvida uma educação diferente do resto dos seus contemporâneos. Desde cedo mostrou ser uma rapariga dotada, e os esforços da família para ter um boa educação conduziram Mary por bons caminhos.


Aos 19, casa com P.B. Shelley, viajam por toda a Europa, e em 1918 é publicado Frankentstein, the masterpiece of Mary Shelley, nascido de uma noite de temporal na Suiça, em casa de Lord Byron, onde depois de uma sessão de leitura de horror, Byron propõe aos convivas para improvisarem uma história de Terror, e daqui nasceram, de forma naif: Prometheu Unbound de P.B. Shelley; de Byron Fragmento of a Novel, de Jonh Polidori, e o “dealer” de Byron, escreveu o conto O Vampiro, e da jovem Mary nasceu o grandioso Frankenstein, que assim imortalizava para sempre esta autora, de um género em expansão e ainda não assinado por mulheres.
Ao longo da sua vida Mary teve um contacto próximo e directo com a inevitável morte, à nascença a sua mãe, consta-se que Mary aprendeu a ler, ensinada pelo pai William Godwin, a ler pelas letras da campa da mãe.Em pequena já lia panfletos onde eram descritos os terrores em França.


O seu primeiro filho(menina) morreu onze dia depois após o nascimento, os dois filhos que se seguiram morrem em Itália, uma filha com um ano e dois dias, e um rapaz com três anos e meio. Só em 1810 teve um filho que sobreviveu, Percy Florence. Em 1822 teve um aborto, e a juntar a estes dramáticos episódios juntaram-se ainda outras mortes, como a da meia-irmã com uma overdose de Láudano, dois anos passados e morre Lord Byron, e por aqui não se ficaram as perdas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cenas de sexo e violência de Castlevania chocam fãs! Eu amei

Virou moda filme que volta no tempo?

Freiras usam vestidos curtos e atiram em monstros no game “Nun Attack: Run & Gun”

8 ideias criativas para se fazer com Lego

Beleza, jovialidade e um Retrato